Quilombo dos Palmares

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1. ENTRADA RESTRITA
A capital do quilombo era circundada por três cercas de madeira, reforçadas com pedras e guardadas por sentinelas armados. O acesso era feito por portões de madeira reforçados. A segunda cerca ficava a 300 metros de distância da primeira, e a terceira, a 500 metros da segunda. As linhas de defesa estendiam-se por mais de 5 quilômetros, com guaritas a cada 2 metros

2. ALÇAPÃO HUMANO
Dezenas de buracos de alguns metros de profundidade e camuflados com folhagens circundavam a povoação. Para empalar aqueles que caíam nos fossos ocultos, os fundos das armadilhas tinham estacas de madeira afiadas e lanças de ferro com mais de 1 metro. Apenas os quilombolas conheciam o caminho certo para entrar na capital de Palmares

3. MIX RELIGIOSO
A religião praticada em Palmares era um catolicismo misturado com tradições da cultura banto. Na capela do Cerco Real do Macaco, foram encontradas imagens de São Brás, do menino Jesus e de Nossa Senhora da Conceição dividindo os altares com estátuas de divindades africanas. Muitos negros haviam se convertido ao catolicismo ainda antes de serem trazidos ao Brasil

4. DIETA REFORÇADA
Em volta da cidadela ficavam as roças de alimentos. A lavoura mais importante era o milho, mas também eram plantados feijão, banana, batata-doce, mandioca e cana-de-açúcar. Além desses vegetais, o cardápio era completado com a coleta de frutos e a caça de pequenos animais das matas próximas

5. CASINHAS DE SAPÊ
Os moradores viviam em casas de madeira cobertas de folhas de palmeira, com iluminação artificial que usava azeite como combustível. Algumas delas tinham saídas ocultas, que permitiam escapar para o mato em caso de perigo. A mobília incluía panelas e utensílios domésticos feitos por artesãos locais ou roubados em incursões pelas fazendas vizinhas

6. DIRETAS JÁ!
Os membros do conselho que chefiavam o povoado eram escolhidos em assembleias que reuniam todos os habitantes na praça central. Lá ficavam a própria sede do conselho, uma capela, poços para armazenar água, um galpão sem paredes que servia como mercado e oficinas de artesãos — entre eles, ferreiros que faziam armas e ferramentas agrícolas

7. CONJUNTO HABITACIONAL
No interior do forte havia quatro ruas, cada uma com pouco mais de 2 metros de largura e 1 quilômetro de extensão. Ao longo delas, alinhavam-se cerca de 2 mil casas, onde viviam 8 mil moradores. Eles falavam português misturado ao dialeto banto e a palavras indígenas. Animais domésticos, principalmente galinhas, eram criados nos quintais das casas ou soltos pelas ruas

 

 

 

 

 

(Éber Evangelista e Roberto Navarro/Mundo Estranho)